São muitas as emoções e recordações que marcam todas as edições da festa que celebra o reencontro dos ex-alunos do Atheneu sergipense. As memórias registradas em depoimentos repletos de pessoalidade demonstram a importância da mesma para os organizadores e participantes. A cada edição fica comprovado que ex-alunos, professores, personalidades e amantes da educação e cultura de Sergipe reacendem emocionantes lembranças de juventude.

Na 13ª Festa de Reencontro dos Ex-Alunos do Atheneu Sergipense, uma emocionante homenagem aos ex-professores do Colégio Estadual Atheneu Sergipense realizada para não só registrar o início do evento, mas também como um marco monumental na instituição de ensino. As bandas Nantes e Flash Back agitaram o público que por mais de seis horas balançaram o esqueleto.

O ponto culminante e surpresa da festa foi a apresentação da banda marcial formada exatamente pelos mesmos ex-alunos literalmente caracterizados com o indumentário da época. Para o ex-aluno do colégio e idealizador do evento João Quintino, o marco representa o percurso de seus alunos para a compreensão do mundo. “O Atheneu saiu de nossas vidas, mas o nunca sairá de nossas mentes e corações”, afirma emocionado.

A advogada sergipana Wila Meneses de Souza Oliveira concluiu o segundo grau no Colégio Atheneu Sergipense em 1974, formou-se em direito na Universidade federal da Bahia – UFBA e há mais de 30 anos não via amigos e ex-colegas da época. “Estou emocionada, chorei ao ver meus amigos, professores e os corredores desse colégio, onde na época eu era apenas uma garota, e hoje volto aqui relembrar momentos marcantes em minha vida”, registra Wila Meneses, presente pela primeira vez no Encontro dos Ex-Alunos do Atheneu Sergipense.

O governador do Estado, na época, Marcelo Déda (In memorian) todos os anos comparecia ao evento e dizia que voltar ao Atheneu é sempre uma grande emoção. “Uma parte significativa da minha vida aconteceu na instituição. Entrei em 73 e saí em 1979. Vir aqui é lembrar de minha adolescência, de amigos, professores e lembrar qualidade de ensino daquela época e da grandeza do magistério, da qual tive a felicidade de frequentar”, pontuou Marcelo Déda em entrevista na época.

“Eu participo desta festa há alguns anos, mas neste ano fui convidado para fazer o monumento em homenagem aos professores e fiquei lisonjeado não só em fazê-lo, mas por ele ser compreendido, isso foi mais importante”, esclarece

o ex-aluno e arquiteto Rui Almeida, acrescentando que o Colégio Atheneu Sergipense alavancou a vida dos alunos, para o mundo.

O presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) Bosco Mendonça registra sua presença com uma conotação diferente. Não como ex-aluno, mas como apaixonado pelo ensino público que na década de 68, estudantes secundaristas realizam uma greve, ocupando por duas semanas as instalações do Colégio Atheneu em uma época de mobilização da juventude contra a ditadura militar. “O Colégio Estadual Atheneu Sergipense foi o local que conseguimos colocar nosso protesto. Mesmo quem não estudou aqui, sabe a importância desta instituição de ensino para a cultura e educação de nosso Estado”, afirma Mendonça parabenizando a equipe coordenadora pela iniciativa em realizar o evento.

A ex-diretora do Atheneu Marlene Calumby explica que ir à festa do atheneu anualmente é um eterno renovar de amor, de carinho e de ver um homem como João Quintino realizar, juntamente com sua equipe, uma festa tão maravilhosa.

Por Tiffany Tavares – Ascom 2016