Como surgiu o movimento?
Em uma visita do economista João Quintino de Moura Filho ao Colégio Estadual Sergipense, para aplicação de provas de um concurso público, convidou Dona Valdice (ex-inspetora) e Dona Miriam (ex-secretária) para auxiliá-lo nos seus afazeres. Na sala da coordenação foi surpreendido por Dona Miriam, que mostrou-lhe uma pasta, contendo todos os registros de sua passagem no memorável Atheneu, no qual estudou nos anos de 1968 a 1974, concluindo ali os antigos períodos de ginásio e científico. Quintino percebeu então, que o Colégio Atheneu tinha um arquivo bem organizado e que todos ex-alunos tinham uma pasta com os documentos da vida estudantil.
Movido pelo espírito saudosista e de gratidão sobre a importância do Atheneu em sua formação e concepção de valores e princípios, vieram os questionamentos: Onde andam? O que fazem? Quem foram os alunos que junto com ele tiveram a honra de estudar no maior e melhor colégio público do Estado? E os professores e funcionários? Afinal, foram eles as sólidas vigas desse monumento da educação sergipana. Foi o start. E naquele momento, ganha força a concepção de um reencontro.
Quintino procurou a então diretora Conceição Hora e externou seus pensamentos. Precisava fazer uma pesquisa no arquivo. Ela prontamente autorizou para ele realizar o levantamento dos colegas do seu período. Não foi nada fácil. Mas, como diz Fernando Pessoa, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
De posse do resultado da investigação, Quintino iniciou o projeto de viabilidade para a finalidade pretendida. Então, entrou em contato com alguns colegas da época e a primeira reunião foi realizada em março de 2000 com cinco deles. Outras reuniões foram realizadas com mais participantes, até a concretização do primeiro reencontro, no mesmo ano. Um sonho realizado que até hoje é sonhado e concretizado, ininterruptamente todos os anos e lá se vão 23 edições de reencontros de ex-alunos do Atheneu Sergipense, até 2023.